P&N – ReConhecendo o Valor Humano: o caminho para a construção do futuro

À nossa frente, a possibilidade de regeneração da individualidade, liberdade, comunidade e ética, como o mundo nunca conheceu antes; e a harmonia com a natureza, uns com os outros e com a inteligência divina, como o mundo nunca sonhou antes!

Mais do que em qualquer outro tempo,  empresas que pretendam atuar de forma sustentável precisarão de pessoas e  de informações  de  mercado que sejam estratégicas e confiáveis, pois 2016 será o ano que ficará marcado em nossa história!

A maioria de nós, brasileiros, nunca teve participação política ativa, principalmente a classe média que, por fundamento, sempre esteve situada entre duas forças sociais ─ a elite e a base da pirâmide social ─, suportando uma alta carga tributária sem que tivesse, em contrapartida, serviços públicos de qualidade. Sendo assim, sempre “escolheu” não se posicionar politicamente, não se envolvendo com questões de interesse público para não correr o risco de perder suas conquistas, tentando, sempre, aproximar-se do topo da pirâmide.

Entretanto, parece haver um movimento de evolução nesses parâmetros. Estamos amadurecendo como sociedade, tendo a compreensão de que, como disse Ghandi, precisamos “ser a mudança que queremos para o mundo”. E essa consciência vai, gradualmente, se expandindo. Assim, vamos ganhando o entendimento de que quem vai mudar o Brasil somos todos nós, cidadãos que aqui vivemos, sejamos trabalhadores, empresários, jovens ou adultos, independentemente da classe social a que pertençamos, a partir da mudança de nossas ações e nossos comportamentos no dia a dia. Não há mais como fugir de nossas responsabilidades enquanto cidadãos conscientes, e não confrontar os modelos que cuidam apenas dos interesses e vícios privados, em detrimento dos interesses públicos.

Acredito estarmos em um ponto de transformação social no mundo. Aos poucos, vamos saindo dos padrões coletivos sociais de fragmentação e de exclusão, inclusive dos que mantêm as classes sociais ortodoxamente definidas, catalogadas e separadas. Creio estar este movimento além das fronteiras dos modelos atuais, baseados no egoísmo e nas benesses pessoais.

Testemunhamos a emergência de pessoas íntegras, apartidárias, fraternas, solidárias, que acreditam e vivenciam a partilha e a corresponsabilidade; que entendem que os encaminhamentos e as soluções estejam fundamentados no propósito, nos princípios, na educação e numa sociedade mais colaborativa; que não permitem manipulações, nem de “esquerda”, nem de “direita”. Seres e comunidades que, conscientemente, têm empenhado esforços no processo de mudança, seja na condução de nosso país, seja na gestão do Estado, no combate à corrupção, no saneamento das contas públicas, no aumento dos investimentos em saúde e em educação de qualidade, entre outras ações necessárias e imediatas.

Nesse contexto, há correntes de pensamentos, ações e empreendimentos impulsionadores, baseados na crença de que todos os acontecimentos, aparentemente desoladores e negativos, têm em si mesmos sua vertente de luz, consciência, limpeza e transformação, ou seja, não poderíamos continuar na ilusão do crescimento superficial, inconsequente, sem o lastro no autoconhecimento pessoal e empresarial, e sem assumir a responsabilidade por nossas decisões e arbítrio. Imprescindível, neste momento, identificarmos os vários atributos que o Brasil tem para reverter a atual situação econômica, assim como todas as boas semeaduras feitas e conquistas obtidas, quer na vida privada, quer na pública, quer no mundo do trabalho.

Hoje, mais do que nunca, os executivos necessitam aprofundar o autoconhecimento empresarial, compreendendo a ciência de People Analytics em cada unidade de negócio, de forma que possam refletir e encaminhar soluções sobre alguns dilemas:

─ Em tempos de crise ─ ou não ─ a retenção de talentos é fundamental. Há um sistema de inteligência que garanta o engajamento desses talentos?

─ Acidentes do trabalho e doenças profissionais destroem os resultados dos negócios. Há entendimento da dimensão correta e disponibilidade dos mecanismos de gestão deste assunto?

─ Sabe-se qual foi o real impacto financeiro e social dos processos trabalhistas, no último balanço?

─ No tocante às relações do trabalho e sindicais, custo e produtividade, o quanto se está preparado para ser protagonista na solução da equação crítica do empresariado e, assim, influenciar os líderes políticos?

─ E, diante do mercado, sabe-se como calcular e como está o ROI do Capital Humano da empresa e do seu respectivo segmento de negócio?

Nós, da Sextante Brasil e PwC Saratoga, publicaremos, no próximo mês de agosto, a  edição histórica, o 21o Benchmarking de Capital Humano, estudo pioneiro e contemporâneo que captura as peculiaridades e as características culturais e de produção das diferentes indústrias, e que é aberto a todas as empresas, de todos os segmentos e portes. Este estudo evidencia, ainda, o impacto dos inúmeros fatores de gestão de pessoas e de RH nos resultados dos negócios. Com este trabalho temos conseguido prover referências das melhores práticas de mercado, possibilitando, às empresas participantes, analisar seus resultados, com critério e rigor, bem como orientar ações e decisões estratégicas que contemplam sua visão e seus propósitos.

Tenho a consciência e a crença de que estamos em movimento de transformação para o melhor e para o belo; que a felicidade está nos desafios e aprendizados, e não na manutenção das zonas de conforto, pois isto seria estagnação, linearidade e a própria “morte”! Portanto, cumpre-nos aproveitar, deleitar e curtir todas as oportunidades e beleza da cocriação do devir, intensificando nossa capacidade de construir juntos e de reinventar nossa vida pessoal e organizacional!

Rugenia Pomi
CEO Sextante Brasil