P&N –Na crise ou na prosperidade, o desafio que se impõe a RH: ser líder de transformação cultural

“A teia de sustentação e recriação da vida individual e coletiva se fortalece e se ilumina intensa e rapidamente neste tempo de profunda limpeza e transformação. Sejamos um ponto de luz e de amor na cocriação deste maravilhoso tear cósmico!” – Rugenia Pomi

Tocados e agradecidos pelos aprendizados de 2015, que iniciemos este novo ciclo buscando desenvolvimento pessoal e profissional, para a recuperação de nossa economia e perenidade de nossas empresas, regeneração de nossa sociedade.

A ascensão de nosso país é inquestionável, à medida que migrarmos para uma sociedade colaborativa e mais inclusiva, onde os processos de captação e otimização de recursos sejam capazes de criar relacionamentos igualitários e de longo prazo.

Agora, é hora de refletir sobre os resultados de 2015: a prévia do índice de inflação atingiu 10,71%; o PIB caiu 3,6%, em relação ao ano anterior; a cotação do dólar ultrapassou os R$ 4,00. E no terceiro trimestre do ano, segundo dados divulgados pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a taxa de desemprego foi de 8,9%.

A valorização do dólar continua oscilando, os juros aumentaram e, com o crescimento da dívida pública, o termômetro indicador da confiança do mercado em relação à economia do país prejudica os investimentos da iniciativa privada.

De acordo com grande parte dos economistas, embora não seja possível saber quando uma crise começa e quando termina, o período de recuperação da economia será longo, e o impacto dos diferentes tipos de gestão nos resultados dos negócios será notado claramente, no longo prazo.

E para complementar a visão dos economistas, faço referência ao pensamento de Roberto Martini ─ fundador da agência CuboCC e fundador CEO da FlagCX ─ para quem “a crise que enfrentamos no Brasil  tem diversos fatores, não só por decisões políticas ou econômicas erradas”, mas também pelo que ele chama de “ubiquidade da conectividade, ou seja, no momento em que o mundo começa a se conectar… a consciência se expande e então muita luz, muito rapidamente, acaba entrando. E o medo gera o caos. Isto está acontecendo de forma muito acelerada… e quanto mais conexões, mais rápido passa o tempo e mais rápida é a transformação. É isso que causa essa sensação de crise, ao mesmo tempo em que muitas oportunidades são geradas, porque crise é uma constante forma de reinvenção”. (http://projetodraft.com/o-que-fiz-em-2015-como-vejo-2016-nossa-conversa-de-fim-de-ano-com-roberto-martini-da-flagcx/).

Penso estarmos vivendo uma crise mundial de dimensões estruturais; cada povo, nação, país, com suas singularidades. No Brasil, diante de tanta “sujeira”, entendo que a crise é para que possamos aprender, de fato, o que é “limpeza”, organização, responsabilidade, ética, nas dimensões material, emocional e de valores. Temos sido “bombardeados”, diariamente, com notícias sobre dengue, zika vírus, chikungunya, falência nos sistemas de saúde e de educação, corrupção na política e nos demais organismos sociais… Como única saída, só mesmo uma profunda “faxina”!

Diante desse contexto, em que os recursos estão ainda mais escassos, o que cabe a RH? Fundamentalmente, a identificação e o desenvolvimento de novos talentos; e a revisão do plano de negócios parametrizado por referências confiáveis de mercado, capazes de garantir a otimização das estruturas de custos e a priorização dos investimentos necessários ao sucesso das empresas.

Pesquisas e estudos baseados na análise de informações estratégicas, como o Benchmarking de Capital Humano publicado pela PwC Saratoga em parceria com a Sextante Brasil, que possibilitam a comparação dos resultados de uma empresa perante o mercado, revelam que a qualidade na gestão de pessoas pode resultar em uma diferença significativa no ROI (retorno do investimento em pessoas), entre empresas de mesmo segmento ou porte.

O RH de sua empresa tem clareza sobre seu próprio custo e a proporcionalidade de profissionais dedicados a atividades administrativas e estratégicas? É capaz de analisar o resultado da gestão de pessoas ante o desafio de ganho de produtividade? (Figuras 1 e 2).

Sem tiulo

 

Sem tulo

 

À medida que um novo modelo econômico se difunde, torna-se necessária uma nova ciência da administração. Nos dias de hoje, de acordo com vários estudos, grande parte do valor das organizações baseia-se em ativos intangíveis, sendo o capital humano o recurso mais importante, precioso, e na maioria das vezes, o menos compreendido, na essência de seu real valor de contribuição.

Para ajudar a superar os atuais desafios, neste momento de impasse, estagnação e paralisia, os líderes de RH precisam desenvolver uma competência ainda mais analítica, se quiserem contribuir para criar estratégias inéditas de negócios; estar cada vez mais conectados às mudanças; ter força e coragem para inovar, transformar!

Rugenia Pomi
CEO Sextante Brasil