P&N –megatendências e desafios críticos – futuro do trabalho
Chegamos ao final de mais um ano de muita apreensão!
No Brasil, embora o baixo crescimento econômico não tenha sido uma surpresa, seus impactos sobre a produtividade do capital humano nas empresas, de modo geral, são facilmente percebidos nos resultados revelados no último Benchmarking de Capital Humano, que publicamos em agosto. O pequeno crescimento no faturamento líquido por efetivo em tempo integral (ETI), informado pelas empresas participantes do estudo, não foram suficientes para compensar o aumento de custos e despesas operacionais, causando redução no lucro líquido por ETI.
Com o objetivo de conter custos com pessoal e reter talentos, a área de RH precisa estar preparada para converter os impactos provocados pelas megatendências globais, que exigem novas estratégias de engajamento da força de trabalho, para a realização e viabilização do planejamento estratégico da empresa.
Recentemente, no estudo realizado pela PwC em parceria com a Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas (EAESP-FGV), sobre o Futuro do Trabalho: Impactos e desafios para as organizações no Brasil, foram entrevistados 113 representantes de organizações de diferentes setores da economia, grande parte com faturamento anual acima de 500 milhões de reais.
Pelas percepções dos participantes desse estudo, mudanças estruturais no mundo dos negócios vêm afetando as organizações e a sociedade como um todo. E diante das megatendências, são muitos e diversos os desafios de adaptação para empregadores, empregados e sociedade, passando pela transformação dos modelos organizacionais, pelo novo perfil dos colaboradores, e pelas diferentes caracterizações do trabalho.
Dentre as questões elaboradas, quando se perguntou aos participantes qual das megatendências terá maior impacto na transformação dos seus negócios, nos próximos anos, a dificuldade em obter profissionais qualificados para as necessidades das empresas ficou em primeiro lugar, seguida do surgimento de novas expectativas e valores em relação ao trabalho e à carreira, na sociedade.
Sabe-se que, no Brasil, a escassez de talentos e os baixos níveis de desemprego têm contribuído para inflacionar o custo de pessoal. Neste cenário, a adoção de novas práticas, como flexibilização de horários, trabalho remoto, alinhamento da expectativa da geração Y em relação à carreira, desenvolvimento de skills tecnológicos, serão imprescindíveis à perenidade das empresas.
Valores e propósitos que contribuam para o engajamento do novo perfil de colaboradores ̶ que hoje têm um poder de compra maior do que tinham no passado e estão cada vez mais conectados à informação ̶ devem ser conhecidos e levados em conta, para que se evite o desperdício de investimentos focados apenas em questões como remuneração e desenvolvimento.
Ao final de um ano intenso ̶ frustações de diferentes naturezas, impasses, cenário apocalíptico anunciado, indefinições de toda ordem, longo e estressante compasso de espera, profundas faxinas éticas… ̶ pudemos, podemos e poderemos colher, das experiências transformadoras, aprendizados inéditos, e ao mesmo tempo, apaziguar nossos corações, elevando nossa consciência individual e coletiva, com vigor e sabedoria.
Que em 2015, mentes, corações e espíritos estejam plenos de amor, humildade, ideias e projetos capazes de transformar o mundo do trabalho e nossa sociedade em um lugar onde tenhamos mais alegria, confiança, serenidade, equilíbrio, felicidade… e prazer em viver e conviver!
Rugenia Pomi
CEO Genesis Potencializa



