P&N –líderes: pontos de luz que orientam o caminho
Na última edição, deixei a seguinte pergunta: Estamos formando líderes éticos, capazes de criar cenários de confiança e de desenvolvimento humano para a geração de equilíbrio e potência de vida?
Diante dessa reflexão, é importante observar que o tema Desenvolvimento de Liderança tem se destacado, desde 2001, entre os cinco Desafios Críticos, na Pesquisa Brasileira em Gestão de Pessoas e Negócios para a Sustentabilidade.
Isto evidencia a necessidade permanente de investimentos para a preparação de líderes que valorizem a construção de empresas autossustentadas: gestão consciente dos recursos naturais e humanos, ética ambiental e social, contabilidade social e direitos humanos genuínos.
Considerando-se que as empresas são representações do que acontece na sociedade, é possível afirmar que, nos dias atuais, local e mundialmente, há uma crise de liderança inspiradora e educadora, em todos os níveis; uma liderança fundamentada em ações éticas, colaborativas, inclusivas, que visem ao bem comum.
Em cenários como esse, somos acometidos por sentimentos de frustração, impotência, insegurança, falta de confiança, de credibilidade, o que é crítico para as empresas e, consequentemente, para as nações, pois que líderes emergem da sociedade. Neste sentido, o que se tem presenciado em relação às práticas dos modelos de gestão vigentes é um desconforto “latente” ― nos ambientes corporativos ― e “expressado” ― nas manifestações sociais. E o saldo, para as empresas: escassez de profissionais e de equipes potentes, vibrantes, criativas, empreendedoras, comprometidas com os negócios.
Embora os investimentos para desenvolver a liderança sejam crescentes, ao longo dos anos, não têm produzido os resultados desejados, de acordo com o gráfico a seguir: CEOs no mundo avaliam a eficácia dos planos de desenvolvimento da liderança.
Para avaliar a efetividade e a qualidade da liderança nas organizações é necessário mensurar resultados, correlacionar indicadores, para mapear oportunidades de melhoria ― o que tem “tirado o sono” de RH: encontrar uma “fórmula mágica”, com métricas que avaliem liderança. Para isso, é preciso avaliar a liderança em ação, ou seja, é preciso pesquisar, monitorar e mensurar resultados financeiros e sociais, sustentados pelo engajamento da força de trabalho.
Hoje, temos carência de lideranças que deem voz às pessoas, que construam ambientes colaborativos e não competitivos, que estejam aptas não apenas a dar, mas também a receber feedbacks; que, através do alinhamento entre os seus valores pessoais e os princípios da organização, fomentem o compromisso genuíno e efetivo para a obtenção dos resultados nos negócios.
Portanto, é urgente que surjam líderes que tenham o amor e o respeito como fundamentos de suas ações ― para com as pessoas e para com o planeta. Líderes que se orientem por valores humanos naturais e universais, verdadeiramente abertos para aprender, ensinar e servir. Líderes que compreendam a diversidade como riqueza e potência de vida. Que consigam transitar de uma cultura para outra com humildade, delicadeza e competência para atuar matricialmente, construindo uma rede de relações saudável, produtiva e autossustentada.
“As equipes brilhantes são formadas por pessoas especiais que, em geral, se irritam umas com as outras. Mas, com a ajuda ‘espiritual’ de um líder ‘iluminado’, encontram a forma de serem elas mesmas e ao mesmo tempo consagrarem-se como equipe.“ (Tom Peters)
Rugenia Pomi
CEO Genesis Potencializa



