P&N – Diversidade e Inclusão: riqueza e potencialização do DNA organizacional

Somos todos Um…
magnificamente imprescindíveis em nossas diferenças e singularidades, pois são exatamente estas que compõem a beleza de nosso universo único e profundamente diverso!

A riqueza do mundo está na infinita magnitude de todas as coisas, na pluralidade e singularidade de cada partícula nas diferentes dimensões e reinos!

Social e historicamente vivemos a travessia simbólica de uma longa “noite medieval” de exclusão e separação, julgamentos, condenações e execuções de tudo o que não seja nosso espelho. Por que no mundo do trabalho seria diferente?

Acredito que temos escolhido, na maioria das vezes, caminhos de aprendizado mais difíceis e tortuosos para nossa evolução ─ nada de errado, apenas de acordo com nosso nível de entendimento e de consciência!

Deparamo-nos então, em nossas empresas, com a crescente necessidade de buscar e manter pessoas com propósitos individuais e coletivos, capacitadas técnica, moral e emocionalmente, que, com seus trabalhos, construam resultados sustentáveis de negócios – distinção de seus dons e talentos – em cenários de livre expressão, respeito e cidadania. Esta seria uma das formas de inovar e recriar um mundo econômico, político e social distinto, equilibrado, em outro nível de evolução e sem tantas dores e sofrimentos!

É chegado o tempo de as organizações olharem não apenas para as especializações profissionais, de forma fragmentada e excludente, mas também para as diferentes composições, híbridas de tipos de talentos e belezas: rigores ético, estético e político.

Nesse contexto, faz todo o sentido entender a força, a riqueza e a beleza da diversidade humana e social em diferentes aspectos, tais como gênero, geração, etnia, crença, pensamento, orientação sexual e, ainda, as catalogadas deficiências físicas, intelectuais e emocionais.

Entretanto, sabemos que as oportunidades de trabalho e desenvolvimento para uma grande maioria de pessoas ainda sub-representadas na sociedade ─ como mulheres, negros, LGBTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) e  PcDs (Pessoas com Deficiência) ─ estão sendo concretizadas mais por intenções de inclusão e respeito à diversidade, do que pela consciência de seu real valor.

A falta de consciência e de visão sobre as consequências dos preconceitos humanos e organizacionais, materializados em barreiras para a contratação de profissionais distintos em suas naturezas e opções, tem sido alvo de estudos em diversas organizações, no mundo. Imaginem o quanto esses estudos poderiam potencializar o mundo do trabalho em nosso país, cujo DNA é naturalmente diverso e inclusivo!

Neste tema Diversidade e Inclusão é essencial mapear onde, como e por que os preconceitos ainda ocorrem, para que estratégias capazes de melhorar a atração, a contratação, o desenvolvimento e o engajamento desses profissionais nas empresas aconteçam, de fato.

Segundo a 18ª pesquisa anual realizada pela PwC, com CEOs do mundo todo, a maioria das empresas já tem uma estratégia de diversidade e inclusão.

Sem tituloO processo de exclusão, historicamente imposto às pessoas com deficiência, deve ser superado por meio da conscientização.

Para que PcDs tenham a oportunidade de realizar o trabalho proposto, demonstrando suas habilidades, é necessária a preparação das equipes de recrutamento e seleção, fundamental para a quebra de paradigmas. Ir além do preenchimento das cotas estipuladas por empresa; promover a reflexão sobre a qualidade e as consequências positivas e inéditas da inclusão; colher seus frutos e ganhos: diferentes maneiras de aprendizados, descobertas, melhoria do clima e transformação cultural.

Outro aspecto importante é a busca de equipamentos que permitam, aos deficientes, realizar suas atividades. Os deficientes visuais, por exemplo, que representam a maioria de PCDs no Brasil, ao utilizar um computador com programa de voz, consegue realizar plenamente o seu trabalho.

Já a retenção desses profissionais acontece, principalmente, a partir da criação de equipes que respeitam os aspectos que nos tornam únicos, reconhecem e valorizam as diferenças, ampliando nossa visão sobre os problemas e desafios. Equipes que, com foco no aprendizado do convívio fraterno, facilitam a propagação do sentimento de comunidade e pertencimento, onde as pessoas possam inovar sendo elas mesmas, sem competir, cocriando redes colaborativas, autossustentadas.

É comprovado que equipes multidisciplinares, multiculturais e essencialmente diversas encontram incomparáveis caminhos e alternativas, tomam melhores decisões, são mais produtivas e inovadoras, compreendendo e refletindo sobre o interesse e as necessidades dos diferentes tipos de consumidor . Desta forma, melhores e mais variadas serão as soluções desenvolvidas pelas empresas que fomentarem, entre seus colaboradores, uma cultura que estimule a diversidade e a inclusão.

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Como não nos deixar submergir na cegueira da arrogância e do egoísmo? Qual o segredo para não mergulharmos nas águas obscuras da intolerância, da ignorância, das exclusões? Como nos manter serenos, pacientes, pacíficos e firmes em nossos propósitos?

Cabe a nós, a cada um, diverso e divergente, encontrar, juntos, nossos propósitos e caminhos de convergência, sem perder nossas singularidades, a partir da evolução de nossas consciências!

 Rugenia Pomi
CEO Sextante Brasil