P&N –gestão de gente: aporte de conhecimento e evolução de consciência
“O que fere a terra fere também os filhos da terra. O homem não tece a teia da vida; é antes um de seus fios. O que quer que faça a essa teia, faz a si próprio.” ─ Cacique Seattle, ano de 1855.
No ciclo contínuo da busca pela renovação, 2015 segue seu curso!
Embora o cenário sócio-político-econômico mundial seja de baixo crescimento, novas realidades continuam sendo cocriadas; e apesar das incertezas, da escassez de recursos, e da falta de credibilidade nos dirigentes─ na condução das nações e demais organismos sociais─, surgem novas oportunidades de negócios, mercados, novas tecnologias, e a procura incessante por inovação, em direção ao crescimento desejado, em face das necessidades e prioridades mapeadas.
É fundamental compreender as influências desse cenário e da gestão de RH quanto ao direcionamento de mudanças organizacionais, ao retorno dos investimentos, à distribuição de resultados, ao clima, à cultura e à saúde da empresa e das pessoas.
Embora não tenhamos ainda a convicção e a coragem de apostar em um processo de ruptura dos atuais modelos vigentes, já nos sentimos neste movimento irreversível, em razão dos inúmeros fatos vivenciados, tanto em nossas vidas privadas, quanto nos acontecimentos sociais contemporâneos. Só para citar alguns: a injustiça social; a corrupção atingindo as instituições políticas, públicas e privadas, as comunidades religiosas, esportivas etc.; grande parte de nossa juventude perdida para as drogas; os problemas de saúde dos indivíduos, tanto nas classes abastadas, quanto nas de baixa renda; a violência, especialmente contra as crianças― nosso futuro ―; o descaso para com os idosos― nossa história ―, culminando com o desequilíbrio ambiental e a devastação de nosso planeta Terra. Parece estarmos assistindo à falência do ser humano. No entanto, creio estarmos no fim de uma era e início de outra, mais consciente, mais responsável, mais equilibrada, mais justa e, de fato, mais humana.
Aprendi que a colaboração, a conectividade ─ e não a competitividade ─ são os pilares de sustentação, saúde e perenidade do mundo organizacional. “As trocas de energia e de recursos materiais em um ecossistema são sustentadas por uma cooperação generalizada. A vida não tomou conta do planeta pela violência, mas pela cooperação, pela formação de parcerias e pela organização em redes.” ─ Fritjof Capra, no livro As Conexões Ocultas.
Se somos todos diferentes, únicos e incomparáveis, por que e para quê competir, se o grande tear cósmico precisa de cada um dos inigualáveis fios para compor a grande obra-prima?
Empresas são representações do que acontece na sociedade. Desta forma, a busca por um ambiente de confiança e de compromisso, onde as negociações sejam claras e éticas, pressupõe boas práticas em gestão de pessoas, educação por meio de exemplos positivos, verdadeiros benchmarks.
Para a sustentabilidade organizacional, as empresas têm o desafio de harmonizar pessoas e negócios, com iniciativas que cuidem da saúde, da educação, das relações de confiança, do bem-estar, do equilíbrio, do engajamento da força humana e da valorização do sentimento de pertencer.
Entretanto, no fim do dia, em meio a tantas demandas externas e anseios internos, qual é o nosso sentimento, quando deixamos nosso local de trabalho? Qual é o grau de sintonia entre o que expressamos─ com nossas palavras, gestos, atitudes e ações ─ e, de fato, sentimos em nossos corações?
Como seres conscientes, sabemos que o que vivemos e falamos─ individual e coletivamente ─ são projeções de nossas realidades e devaneios. Portanto, será que temos utilizado nossas palavras na direção da verdade e do amor, com integridade, isenção de maledicência e de negatividade? Nossa comunicação tem sido clara, assertiva e genuína? Temos conseguido não levar nada para o lado pessoal, já que o que os outros fazem tem a ver, tão somente, com eles mesmos? Já conseguimos nos tornar imunes às opiniões e ações alheias? Temos tido a serenidade de não concluir, diagnosticar ou julgar impulsivamente, perguntando, antes e sempre, para nos ajudar a entender, não causando mal-entendidos e dramas? Estamos entregando o melhor de nós, evitando, assim, culpa, arrependimento e autojulgamento?
Penso estarmos no ponto exato de mutação, para avançar além da sobrevivência: como seres humanos, como organismos sociais, empresariais, como nações, como um dos planetas de nossa Via Láctea. Que tenhamos sabedoria suficiente para aproveitar esse momento precioso, contribuindo, com nossos dons e talentos, para a construção deste novo ciclo!
Rugenia Pomi
CEO Genesis Potencializa


