P&N –renovação dos sonhos e revisão de propósitos: autotransformação de RH

“Tenho duas armas para lutar contra o desespero, a tristeza e até a morte: o riso a cavalo e o galope do sonho. É com isso que enfrento essa dura e fascinante tarefa de viver.” Ariano Suassuna

Após a celebração das festas que finalizaram um ano em que estivemos muito expostos, sediando a Copa do Mundo com hospitalidade, vitoriosos como bons anfitriões que fomos e, mais do que em qualquer outro tempo, aprendendo a lidar com a escassez da água; ano em que elegemos os líderes que decidirão o futuro de nosso país, nos próximos quatro anos, inicio 2015 com muita determinação e esperança, desejando aos novos governantes toda a inspiração de luz e ética, para a transformação do nosso Brasil!

Ano passado, com orgulho, nos despedimos dos escritores Ariano Suassuna, João Ubaldo Ribeiro, Rubem Alves, Manoel de Barros, entre outras personalidades. Ano de declarações polêmicas, de exposição nua e crua da falta de ética na gestão do bem público, de intolerância com as diferenças, de sede de mudanças e necessidade de evolução da consciência espiritual.

Para a devida revisão dos propósitos, dos projetos realizados e em curso, e a reflexão necessária quanto aos resultados atingidos em 2014, recomendo a leitura do material preparado pela PwC Saratoga, com um resumo dos destaques do Benchmarking de Capital Humano 2014.

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O RH da sua empresa está, no presente, construindo as bases de um futuro sustentável?

Tem clareza sobre o seu próprio custo e sabe demonstrar de forma clara e inquestionável sua contribuição para o resultado do negócio?

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A busca pela transformação de RH em um centro de inteligência tem inspirado profissionais dos mais diversos segmentos de negócios a pesquisar, analisar e correlacionar informações estratégicas sobre pessoas, para a materialização dos propósitos e metas empresariais. A necessidade de inovação nas parametrizações exige informações confiáveis, conhecimento, e profissionais preparados para obtê-las, interpretá-las, de maneira que suas recomendações sejam, de fato, imprescindíveis.

Ante os desafios de melhoria de eficiência e eficácia, da necessidade de aumentar a produtividade, de obter informações confiáveis que avaliem o impacto das práticas adotadas dentro e fora da empresa, cabe aos profissionais de RH analisar o resultado da gestão de pessoas e da força de trabalho.

E tudo perderá o sentido, se RH deixar passar a oportunidade de se guiar pela união de propósitos, na prestação de serviços para o bem comum. Essencial colocar em sua agenda a gestão do clima e da cultura organizacional, pautada pela gratidão, pela renúncia aos conflitos e embates internos, fazendo desabrochar a gentileza, para que os colaboradores possam, cada vez mais, se expressar e manifestar livremente suas incomparáveis naturezas, em cenários de confiança e segurança afetivas.

Acredito que, somente transformando os processos de sofrimento e frustrações em contentamento, pelos aprendizados individuais e coletivos, serão quebrados os paradigmas da vida organizacional. Precisamos, como RH, responsáveis que somos por atrair, cuidar, preservar, desenvolver, engajar e reter o bem maior ─ os seres humanos do presente que construirão o futuro ─, ser exemplo, inspiração para as demais áreas, a partir de nossa transformação interna; isto sim é ser benchmark, é ser referência. Referência em atitudes, comportamentos, economia dos desperdícios, das perdas: humanas, materiais, emocionais e espirituais. Precisamos, sim, entender os enigmas do tempo para usá-lo com sabedoria, sem nos perder no tempo psicológico, das eternas contas abertas dos jogos emocionais de poder, do ego. E isto só será possível quando aprendermos a abrir mão dos ressentimentos, da baixa autoestima, das mágoas, e optarmos pela gratidão. Este sim é o ponto de virada! Agradeço a 2013 e 2014 por tantos ensinamentos!

O futuro de nossas empresas e de nosso país dependerá da qualidade de nossa gente! Gente que consiga sentir gratidão, alegria, ventura nas lições aprendidas por meio dos desafios enfrentados.

Como RH, cumpre-nos apoiar o grande movimento de transformação individual e coletiva:

Do medo para a confiança;

Do ódio para o amor;

Do egoísmo para a generosidade;

Da separação para a união;

Do desperdício para o consumo consciente…

Que estejamos encorajados para os desafios de produtividade, de contenção, de criação de uma nova ordem e de um modelo econômico que, verdadeiramente, cuide do bem público e da gestão sustentável dos recursos naturais e humanos. Que 2015 seja um marco de consciência e de transformação!

Rugenia Pomi
CEO Genesis Potencializa